Podia-vos contar mais uma das minhas sagas, que me levou a três estações de metro e muitas voltas antes que conseguisse comprar o título para o passe.
Da inscrição no consulado enquanto esperava pela Sara ou da odisseia que foi mandar imprimir as imagens para o trabalho de Book.
Ou podia-vos dizer como foi fantástico ter a Sara por cá, andar a passear por Barcelona com ela, almoçar num cafezito amoroso mas comida péssima e acabar a tarde numa tasca à conversa com os amigos dela de sempre.
Mas não. Tudo isso aconteceu mas não é sobre nada disso que quero escrever.
Da inscrição no consulado enquanto esperava pela Sara ou da odisseia que foi mandar imprimir as imagens para o trabalho de Book.
Ou podia-vos dizer como foi fantástico ter a Sara por cá, andar a passear por Barcelona com ela, almoçar num cafezito amoroso mas comida péssima e acabar a tarde numa tasca à conversa com os amigos dela de sempre.
Mas não. Tudo isso aconteceu mas não é sobre nada disso que quero escrever.
Fui levá-la ao autocarro para o aeroporto e, à medida que o autocarro se afastava, percebi que ficava um pouco mais pobre outra vez. Não aguento mais estar sempre a ver pessoas partir. Estou farta de não poder estar com quem me é próximo e, sobretudo, estou farta de tentar viver uma vida aqui que decididamente não parece a minha! Por cada sítio que passo, deixo parte de mim e, no final, parece não sobrar nada meu. Despedi-me dela sabendo que ela ia voltar para Atenas, para a nossa casa, o nosso bairro, os nossos bares e cafés… Para o que era a minha vida até há 3 semanas atrás.
A Sara a partir e a querer ficar, eu a querer partir por não saber ficar.
Sem comentários:
Enviar um comentário